A cantora paraense Eliana Renner, ex-Quero Mais e atual vocalista da banda Nega Lora, foi uma das atrações do evento de aniversário dos 130 anos de Outeiro, promovido pela Prefeitura de Belém, no último sábado (15). No entanto, o que era pra ser um momento festivo, acabou virando caso de polícia. De acordo com a artista, manifestantes contrários à administração regional do distrito tumultuaram o evento e ela teria sido alvo de tentativa de agressão.
Segundo o relato de Eliana, publicado nos stories do Instagram, um pequeno grupo de manifestantes, supostamente ligados à oposição política à gestão da Administração Regional de Outeiro (Arout), protestavam ao longo de todo o evento, mas teriam se irritado com a cantora, após ela dizer que manteria o show apesar dos insatisfeitos. “Não dava assim, umas dez pessoas, mas eles estavam eufóricos demais”, disse.
“Eles [manifestantes] começaram a gritar bem alto na hora do meu intervalo, e aí eu falei que eles poderiam gritar, poderiam se manifestar, era um direito deles, mas que eu ia continuar a fazer o meu show. (…) Começaram a se incomodar comigo, com a minha posição. Eles não gostaram porque eu me posicionei, eles queriam inibir todo mundo que subia no palco. (…) Mas eu sou uma cantora empoderada, eu não deixo ninguém me botar para baixo, ainda mais quando eu não mereço”, completou a vocalista do Nega Lora.
A cantora ainda afirmou que alguns manifestantes eram ligados à determinada religião e que usavam dos símbolos de sua fé para tentar intimidá-la: “Começaram a gesticular, fazer gestos com a mão, [gritar] ‘ih, fora’, mandar ‘cotoco’. Tinha uma pessoa que mostrava um cordão de uma religião, como se tivesse ameaçando fazer algo contra mim”.
A tentativa de agressão teriam ocorrido no momento em que Eliana desceu para cumprimentar o público. “No momento que eu estava lá embaixo, que eu estava abraçando o pessoal, eu tive que passar por eles [manifestantes]. Eles tentaram me agredir com o cabo da bandeira”, contou.
O caso foi parar na Seccional Urbana de Icoaraci. Mas a cantora não registrou queixa por tentativa de lesão corporal: ela foi testemunha em favor de um servidor municipal acusado de agredir um manifestante. “Fui na delegacia, sim, servir de testemunha, porque acusaram uma pessoa de dentro da distrital de agressão e ninguém viu ele agredindo ninguém. Eles têm que provar que isso aconteceu. (…) Eles me chamaram como testemunhas, mas eu queria mesmo era acusar”, continuou.
Fonte: ( O Liberal)