A Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Profª Raimunda Sena da Silva, localizada na vila São João de Abade, em Curuçá, região de Integração Guamá, vem sensibilizando os estudantes sobre o descarte correto dos resíduos sólidos produzidos no dia a dia escolar. A ação faz parte do componente curricular obrigatório de Educação Ambiental, Sustentabilidade e Clima, implementado neste ano pela Secretaria de Estado de Educação do Pará (Seduc).“Estamos no contexto da COP 30, temos que começar a educar para a vida, para salvaguardar a nossa Amazônia. Então as pequenas coisas refletem o comportamento e isso gera no futuro um resultado. A escola é o palco para se construir uma nova identidade pautada no respeito à natureza e na salvaguarda do maior patrimônio que nós temos, que é a nossa Amazônia”, destacou Paulo Henrique Barbosa, diretor da escola.
Como solução para os resíduos da escola, o professor Sandro de Sá Alho, que ministra as aulas de educação ambiental, propôs uma ação que engajou os estudantes em estudo teórico e também proporcionou o trabalho prático.
A partir de uma pesquisa bibliográfica, os estudantes aprofundaram o conhecimento sobre sustentabilidade, desenvolvendo o senso crítico em relação ao descarte irregular de resíduos sólidos no ambiente escolar. “Eu tive uma avaliação muito positiva dos meus alunos no projeto, todos aceitaram bastante a iniciativa, abraçaram e a participação foi em massa. É importante o estudo da educação ambiental, porque nos faz repensar nossas atitudes, nos faz compreender processos e fenômenos que podemos fazer, que melhoram a nossa vida cotidiana”, disse o professor.Sandro de Sá acrescentou: “conceitos como sustentabilidade, colocados em práticas em sala de aula, nos fortalecem enquanto cidadãos, enquanto pessoas e enquanto seres viventes neste planeta. Temos só a melhorar o desenvolvimento humano nas comunidades aqui do Abade, porque isso também é perpetuado pelos estudantes em casa, a questão de que a gente precisa urgentemente mudar a consciência do consumo, o caminho da sustentabilidade e a rentabilidade do desenvolvimento social”.Estudantes do 9º ano e 4ª etapa do ensino fundamental, assim como as turmas do ensino médio e da Educação de Jovens e Adultos (EJA), confeccionaram coletores de resíduos, a partir de materiais recicláveis como papelão e garrafa pet, distribuindo em todas as áreas da escola e conscientizando os colegas sobre a importância da implantação de solução sustentável para a escola.
William Eduardo Favacho é estudante da 3ª série do ensino médio da Escola Estadual Profª Raimunda Sena da Silva e gostou da ação de conscientizar as pessoas sobre como preservar o meio ambiente. “O principal conhecimento que nós podemos adquirir, seria realmente de fato a valorização, saber que o uso do meio ambiente deve ser sustentável, que ele deve ser cuidado, ele deve ser protegido e de forma muito conscientizada”. O estudante afirmou, ainda, “ter o estudo de educação ambiental é extremamente necessário. Todos nós precisamos saber como ter um relacionamento com o meio ambiente, entendendo que todas as ações sobre ele têm suas consequências. A disciplina de Educação Ambiental nos ensina a ter um olhar de preservação, um olhar de sustentabilidade, de cuidado, um olhar de valorização e também nos faz aprender certas áreas que o campo do meio ambiente apresenta, como o lado econômico, o lado extrativista, o lado financeiro, o lado administrativo, de como realmente a natureza sofre de acordo com as retiradas de recursos, as nossas ações sobre elas e as consequências que ela nos entrega”.Componente curricularA Seduc oferece desde o primeiro bimestre de 2024, o componente de Educação Ambiental em todas as etapas do ensino, de forma obrigatória nas escolas estaduais. Este componente pode ter a adesão dos Municípios, alicerçada na Política de Educação para o Meio Ambiente, Sustentabilidade e Clima. A Seduc destaca que o conteúdo ambiental torna o Pará pioneiro na garantia de um componente curricular obrigatório de sustentabilidade, o que incentiva o engajamento de estudantes nas discussões sobre agenda fundamentais no contexto do Pará, como sede da Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP 30), no ano de 2025.
Fonte: ( O Liberal)