Atribui-se a George Tavares, pastor evangélico, fazendeiro e auditor fiscal da Secretaria da Fazenda do Estado, lotado no Posto Fiscal de Itinga, o comando da interdição de trecho da BR-010, a Rodovia Belém-Brasília, no município de Dom Eliseu, quase na divisa com o Estado do Maranhão.
A motivação seria puramente política – na verdade, resultado da insatisfação de representantes do agronegócio na região com a derrota do presidente Jair Bolsonaro para o candidato do PT, Lula da Silva, no segundo torno das eleições presidenciais, ontem.
O que se diz é que, semana passada, George Tavares se envolveu em duas situações delicadas dentro da área do Posto Fiscal de Itinga, onde teria afixado bandeiras de campanha do candidato Bolsonaro nos postes de iluminação. As câmeras de vigilância da Secretaria da Fazendo detectaram a operação e a direção da Secretaria em Belém mandou retirar as peças de propaganda política.
Ocorre que o funcionário da empresa terceirizada encarregado da remoção teria sido abordado e agredido pelo auditor George Tavares – e a treta virou caso de Polícia, inclusive com suposto Boletim de Ocorrência.
Informações obtidas pela coluna apontam que George Tavares seria sub-coordenador da Cecomt-Portos e Aeroportos, já comandou o Posto Fiscal de Itinga e vive em Dom Elizeu, onde tem família e propriedades. .
A interdição da rodovia ocorreu ontem à noite, depois que a Justiça Eleitoral anunciou o resultado das urnas. Centenas de veículo estão sem acesso para entrada ou saída na zona fronteiriça entre os dois Estados desde que os manifestantes atearam fogo em pneus. Há informações não confirmadas de interdição na Santarém-Cuiabá, pela mesma motivação, como vem ocorrendo em outros estados.
Fonte: (Gazeta Carajás)