A estiagem que afeta os rios da Amazônia e até de outras regiões do Brasil tem castigado pescadores. Depois de um dia inteiro no Xingu, Alcir Gomes e o parceiro de pesca só conseguiram pegar espécies que não tem muita saída no mercado de Altamira, sudoeste do Pará.
“Há 20, 30 anos ninguém via isso aqui. Tem pescador abandonando a profissão“, diz o Pescador Alcir.
A Railane é uma pescadora há mais de dez anos e tem quatro filhos. Com a seca do rio ficou impossível sustentar a família somente com a atividade da pesca. “Mudou muita coisa, antigamente você jogava a malhadeira e pegava muito peixe, hoje não tem mais peixe”, afirma a pescadora.
Os pescadores ornamentais também sofrem com o impacto na bacia do Xingu. Jackson Diniz está na atividade há mais de 30 anos e se assusta com o verão que na região Norte começa em julho e segue até dezembro. “É muito grave a situação porque a água aqueceu e os peixes estão desaparecendo”, diz Jackson.
Por conta da seca severa, Belo Monte a maior hidrelétrica 100% brasileira só consegue operar com 2 das 18 turbinas. Mas o impacto não atinge só a categoria dos pescadores. Os agricultores registram prejuízos nas lavouras de cacau. Sem chuva, alguns precisaram irrigar para evitar a morte dos pés e a prática se torna frequente na região que produz 40% das amêndoas do Brasil.
Fonte: (Confirma Notícia)
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