Na tarde desta terça-feira (23), um protesto de policiais penais na avenida Almirante Barroso, em Belém, foi alvo de repressão por parte da Polícia Militar. O governador Helder Barbalho ordenou o uso de bombas de efeito moral e balas de borracha contra o grupo, que interditava a via em manifestação. Segundo relatos dos manifestantes, houve feridos no local e o trânsito ficou totalmente bloqueado.
Equipes de cavalaria e do Batalhão de Choque também foram enviadas para dispersar os manifestantes. Rosivan Santos, presidente do Sindicato dos Policiais Penais do Estado do Pará, denunciou a ação da Polícia Militar, afirmando que eles “chegaram atirando”. Santos declarou que pelo menos três policiais ficaram feridos durante a repressão.
O protesto teve início pela manhã de forma pacífica, com os manifestantes interditando metade da pista da avenida no sentido Ananindeua/São Brás e utilizando toldos para organizar os grupos de policiais. O sindicato da categoria informou que a manifestação tem como objetivo reivindicar a aprovação da Lei Orgânica, que visa fortalecer o papel do Estado na segurança pública dentro das unidades prisionais, além de fiscalizar e monitorar as medidas para o cumprimento das penas e valorizar os servidores.
Rosivan afirmou que essa lei havia sido acordada com o governo desde 2021, e todos os movimentos foram suspensos com a expectativa de que fosse aprovada em fevereiro deste ano. No entanto, estamos no meio do ano e a lei continua parada na Secretaria de Planejamento e Administração (SEPLAD). A categoria aguardou pacientemente, mas até o momento não houve avanço significativo.
Em nota, a SEPLAD informou que já vem dialogando com a categoria desde o ano passado e esclareceu que a Lei Orgânica da Polícia Penal está em estudo. A secretaria afirmou que, após concluídos os estudos, o processo seguirá o trâmite normal em obediência à Lei de Responsabilidade Fiscal e à política de valorização do servidor público. No entanto, diante da falta de avanço e das ações repressivas durante o protesto, os policiais penais continuam a luta pela aprovação da lei e pela valorização da categoria.
Fonte: (Portal Debate)
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