Indígenas do povo Munduruku, ligados ao coletivo agroextrativista Poy, em Jacareacanga, no sudoeste do Pará, buscam apoio para viabilizar a venda da primeira coleta de castanha realizada pelo grupo. A venda está programada para o próximo domingo (14). Sem fundo para despesas logísticas, os indígenas pedem ajuda para pagar o transporte da castanha dos locais de coleta até o ponto de venda em Itaituba.
A castanha-do-pará foi coletada em áreas Munduruku no município de Jacareacanga. O produto precisa ser levado por rios até Itaituba. O valor do transporte das 36 toneladas de castanha é estimado em R$ 18 mil.
As contribuições podem ser feitas por pix, para a chave de número telefônico 93 992443377, de João Messias da Silva Sousa, um dos coordenadores do apoio ao Coletivo de Castanha Munduruku Poy.
O Coletivo Poy foi pensado no final de 2022, durante encontro anual dos Munduruku do qual participaram mais de 300 indígenas. Lideranças manifestaram o desejo de criar uma iniciativa que possibilitasse segurança econômica e fornecesse condições sustentáveis de gestão do território.
No total, 23 aldeias integram o coletivo, para atuar com produtos da sociobiodiversidade amazônica na região do alto rio Tapajós, em especial para estruturar alternativas econômicas ao garimpo que gerem renda, valorizem as culturas locais e mantenham a floresta em pé.
Apoio
O Ministério Público Federal (MPF), órgão que tem a atribuição de defesa dos direitos indígenas, apoia a iniciativa como forma de garantia da vida e da cultura indígena. O coletivo Poy também tem o apoio de organizações como o Projeto Saúde e Alegria (PSA), que promove capacitações e auxilia na elaboração do plano de trabalho das atividades agroextrativistas Munduruku.
Fonte: ( O Liberal)