A Sala de Situação Nacional de Emergências Climáticas do Ministério de Saúde visitou quatro aldeias indígenas do território Mãe Maria, em Bom Jesus do Tocantins (PA) na última semana. Os técnicos da pasta estão realizando um diagnóstico situacional dos impactos da estiagem e das queimadas no estado.
O documento será entregue ao Ministério da Saúde para elaboração de ações estratégicas de enfrentamento à emergência. Segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), o Pará figura em segundo lugar no número de focos de incêndio no Brasil em 2024, com mais de 39 mil casos.
“O processo de escuta com as comunidades afetadas está em andamento e as informações coletadas serão apresentadas ao Comitê de Resposta aos Eventos Extremos na Saúde Indígena (Cresi) para deliberação e ação da Secretaria de Saúde Indígena”, explica o técnico Genilson Lima, que acompanha as visitas técnicas em Marabá e Itupiranga. A missão também ocorre nos municípios paraenses de Altamira e Santarém.
Durante a visita técnica, as comunidades indígenas relataram problemas de saúde como dificuldade respiratória, sangramento nasal, ardência nos olhos e impacto na saúde mental, ocasionados pela fumaça gerada pelas queimadas. Outro ponto levantado pelas lideranças foi a necessidade de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs) para combate ao fogo.
Com 29 aldeias, o Território Indígena Mãe Maria faz parte do Distrito Sanitário Especial Indígena Guamá-Tocantins (Dsei-Guato), que organiza a rede de saúde, práticas sanitárias e desenvolve ações administrativo-gerenciais de prestação de assistência a cerca de 24 mil indígenas no Pará.
Missão de Emergências Climáticas
Nesta sexta-feira (18), a sala de situação, comandada pelo Departamento de Emergências em Saúde Pública do Ministério da Saúde (DEMSP), encerrou a missão no estado com uma reunião com a Vigilância em Saúde Ambiental (VISAMB) do Pará. Além da Sesai, a ação é composta por técnicos das secretarias de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), Atenção Primária à Saúde (Saps), Atenção Especializada à Saúde (Saes) e representantes das secretarias de Saúde e dos Povos Indígenas locais.
Fonte: (Diário do Pará)