A Polícia Rodoviária Federal solicitou à Advocacia-Geral da União (AGU) a expedição de um interdito proibitório contra o bloqueio de rodovias no Pará. Segundo o superintendente da PRF no Estado, Diego Patriota, o órgão está presente nas manifestações para negociar e está preparado para “utilizar todo o artefato administrativo e, se for necessário, a força policial” para garantir a liberação das vias.
“Já acionamos a justiça, por intermédio da AGU, para, pela força de um interdito proibitório, gerar algum tipo de responsabilização a quem está, de maneira irresponsável, utilizando nossos corredores, nossas estradas e rodovias federais para manifestações, que geram um dano colateral muito maior do que o próprio direito à manifestação”, disse o superintendente em vídeo que circula nas redes sociais..
De acordo com o agente federal, existem 16 pontos, entre manifestações e bloqueios parciais e totais, ao longo das rodovias do Estado. Os manifestantes se identificam como apoiadores do presidente e candidato derrotado à reeleição Jair Bolsonaro e protestam contra o resultado das urnas, que elegeram Luís Inácio Lula da Silva para os próximos quatros anos.
“Ao que pese o livre direito de manifestação pacífica em todo e qualquer local, a PRF tem observado alguns pontos de intolerância e intransigência para uma pauta muito difícil de ser atendida, de natureza política. De forma imparcial, ficamos de mãos atadas para ajudar uma sociedade que está limitada em seu deslocamento para um tratamento fora do domicílio, cargas vivas que não chegam ao seu destino”, falou ainda Diego Patriota.
O agente requer que os manifestantes sejam mais “tolerantes”: “A gente pede paciência, parcimônia, tolerância em relação aos manifestantes, para que as pessoas possam continuar suas vidas enquanto você se manifesta, para que aquela senhora grávida, uma pessoa que precisa de uma hemodiálise possa passar por esses pontos de manifestação, da maneira mais cortês possível”.
“Então, esse é um clamor, a PRF está vigilante, de forma imparcial, garantindo a segurança de quem ali se manifesta, de quem precisa circular por esses locais, bem como não podemos aceitar nenhum tipo de intolerância que vem desde a área metropolitana, na cidade, às divisas do nosso estado. Estamos vigilantes e atentos, acompanhe nossas redes sociais para maiores informações e, em caso de emergência, ligue 191”, finaliza.
Fonte: ( O Liberal )