Professores da rede municipal de Marabá decidiram entrar em greve a partir desta segunda-feira (28), após assembleia realizada em frente à Secretaria de Viação e Obras Públicas (Sevop), localizada no Km 5,5 da BR-230, núcleo Nova Marabá. A paralisação foi aprovada pela maioria dos servidores presentes e tem como principais reivindicações o pagamento do piso salarial da categoria e o reajuste no valor do vale-alimentação.
A decisão ocorreu após ato público organizado pelo Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Pará (Sintepp), realizado até meados da noite em frente ao gabinete do prefeito, que funciona na Sevop desde a gestão Tião Miranda (2017–2024). Enquanto a manifestação ocorria do lado de fora, representantes do sindicato participavam de uma reunião com a gestão municipal.
Sem acordo
Após mais de três horas de reunião, o prefeito Toni Cunha (PL) solicitou um prazo adicional de cinco dias úteis — ou seja, próxima segunda-feira, 5/5 — para apresentar uma resposta definitiva sobre o pagamento do piso. No encontro, foi anunciada a proposta de um reajuste de R$ 100 no vale-alimentação dos professores, mas a medida foi rejeitada pelos trabalhadores em assembleia.
Em contato com a reportagem do Portal Debate, o secretário municipal de Educação, Cristiano Gomes Lopes, que não participou da reunião no gabinete do prefeito, confirmou a falta de acordo com os profissionais da educação.
Prefeito vai às redes
Em publicação nas redes sociais, o prefeito Toni Cunha (PL) se posicionou sobre a mobilização dos professores e a decisão pela greve. Ele afirmou que “piso não se discute, paga-se”, mas destacou que o cumprimento da medida exige planejamento financeiro. “Mas se paga com dinheiro, após a construção de condições para isso, não em apenas quatro meses”, escreveu.
O gestor também classificou como fora de contexto o uso da fala feita durante a campanha eleitoral e afirmou que não apresentará nova proposta à categoria antes de ouvir os demais servidores. “Não o farei antes de considerar os servidores de nível médio e nível fundamental, que precisam de justiça”, declarou. Ele também mencionou a situação dos profissionais da saúde pública e a necessidade de rever valores pagos por plantões.
Sobre a continuidade das negociações, Toni Cunha informou que aguardará a Justiça. “Não negociarei com nenhuma categoria em greve até decisão judicial sobre a questão. Prejudicar crianças, que dependem da escola para evoluir e até para se alimentar, não é o caminho”, finalizou.
Professores recorrem ao Legislativo
Como parte da mobilização, os professores planejam ocupar o plenário da Câmara Municipal de Marabá (CMM) na manhã desta terça-feira (29), a partir das 8h, com o objetivo de apresentar suas pautas aos vereadores e buscar apoio às reivindicações.
Fonte: (Portal Debate)
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