Regional Norte

Empresário é acusado de intimidar grupo de ciclistas em Canaã dos Carajás

 

Da Redação  

 

 

 

Em Canaã dos Carajás está cada vez mais comum encontrar ciclistas, sozinhos ou em grupo circulando pelas ruas. A busca por uma vida mais saudável está tão evidente, que de uns tempos para cá, a própria prefeitura vem investindo na construção de ciclovias.

Mas se tem algo que não tem investimento que resolva é a enorme falta de educação e conscientização por parte de alguns motoristas.

Na noite, de ontem, um grupo de ciclistas, composto por dezenas de mulheres e apenas um homem, sofreu intimidação pelo proprietário da empresa Invente Comunicação Visual, identificado e reconhecido por uma das vítimas como, com Ernandes Santos.

Segundo uma ciclista, que pediu sigilo em sua identidade, Ernandes dirigia em alta velocidade e por pouco não causou um acidente. “Ele parou num supermercado lá do Parakanã e ao deixar o local, saiu em alta velocidade na descida e só jogou o carro para a direita, quase que a gente batia na traseira do carro porque ele não deu seta e entrou de uma vez eu falei assim “Moço, presta atenção, tem ciclistas aqui atrás”. Ele não deu a mínima, ultrapassou a gente novamente e lá na frente ele freou de uma vez e foi embora”.

Já na Av. América no Bairro Cidade Nova, o empresário parou o veículo em uma rua escura e ficou aguardando a aproximação dos ciclistas. “Depois do cemitério ele ficou me esperando. As meninas todas passaram e ficaram só três mulheres e um homem para trás. Graças a Deus que o meu amigo, o Neném, viu que ele estava parado e perguntou o que ele queria ali nos esperando, o motorista simplesmente acelerou o carro o foi embora”

Com medo, o grupo decidiu acionar uma guarnição da Polícia Militar que o escoltou até o fim do percurso. “A intenção dele era de fazer alguma coisa comigo, ele ficou parado numa esquina escura logo depois do cemitério em direção à estrada de acesso ao S11D só me esperando. Eu chamei a polícia e quando ela chegou e ele já tinha ido embora. Mas nós tivemos que acabar com o pedal porque não sabíamos se ele iria voltar e tentar fazer algo de ruim com a gente”.

Diante do ocorrido, a ciclista teme voltar à sua rotina de pedal. “É um absurdo a gente ter que se calar ao ver algo errado porque corremos o risco de ser intimidados por esses motoristas. Meus olhos não paravam de sair água, minhas pernas tremiam quando cheguei em casa. Só de lembrar a cena do carro me aguardando na rua deserta, mexeu comigo”, desabafou.

 

Comentários

Compartilhe:

regional norte tv